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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Tortura e Direitos Humanos

Tortura é a imposição de dor física ou psicológica por crueldade, intimidação, punição, para obtenção de uma confissão, informação ou simplesmente por prazer da pessoa que pratica a tortura.

A violência tem muitas faces. E tem muitos braços. E de todas as formas de violência, provocadoras de graves violações de direitos humanos, a tortura é universalmente reconhecida como uma das mais hediondas e odiosas e, infelizmente, parece continuar a ser recorrente, actualmente.

Em verdade, a história da humanidade é marcada pela tortura. Durante séculos a tortura foi usada como meio de prova permitido pelo direito (pasmem!). Apesar de comprovadamente ineficaz como meio de prova e método de investigação, a tortura foi o método “legalmente” utilizado para a “descoberta da verdade dos factos”. 

A persistência de abusos de poder, do uso excessivo da força e da discriminação relacionadas as deficiências estruturais e gerenciais do sistema de justiça criminal agravam os problemas da corrupção, da tortura e da morte sob custódia do Estado ou durante acção policial. Importa salientar que a tortura é um crime mais difícil de investigar, provar, punir, controlar e prevenir do que homicídios, por exemplo.

Esse quadro exige não apenas uma acção decidida de consciencialização e de mudança de mentalidades no seio da sociedade, mas requer também a sensibilização dos operadores do direito para essa questão, de modo a criar uma jurisprudência de aplicação da Lei de Tortura.

Seja como for, a tortura é intolerável, incondicionalmente insuportável. Afastem-se os indiciados de suas funções de estado e punam-se os torturadores, pois tentar “legitimar” ou “justificar” a prática da tortura e alimentar a crença na sua serventia é trocar qualquer indício de humanidade pela mais abjecta barbárie. Urge eliminar todas as “oportunidades” de torturar, impondo-se o fim da cultura da impunidade!
Os Direitos Humanos constituir-se-ão uma linguagem corrente dos próximos anos e séculos, pois se relacionam a todos os homens. O líder africano Léopold Sédar Senghor extrai do folclore senegalês uma grande oração: "O homem é o remédio do homem; e o homem é a medida de todas as coisas". Do homem, pelo homem e para o homem, os direitos humanos dele emanam e a ele almejam ao mesmo tempo. 


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